A direita portuguesa diz que não acredita no
ser humano e que por isso não está disposta a entregar a condução de um país a
um grupo de homens. Assim justifica a liberdade individual que reclama, que
permitirá aos que têm mérito alcançarem o sucesso e a riqueza. Não por acaso,
os principais (os mais mediáticos, enfim) conservadores portugueses são
nascidos de famílias ricas (e na verdade é este o seu principal “mérito”).
Acrescentam um toque pretensamente poético ao seu olhar dengoso, enquanto
sacodem a poeira imaginária da camisa, dizendo qualquer coisa como: “continuarei
a exercer o meu direito de olhar para o mundo com tristeza e melancolia”. Têm
bom gosto musical: Morrisey, The Smiths, Joy Division, Leonard Cohen, Peter Murphy e mesmo My
Bloody Valentine.
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