A DÉCIMA PRIMEIRA TESE DE MARX SOBRE
FEUERBACH
Nas
suas onze teses sobre Feuerbach, Marx disse, na 11ª tese
“Até agora os filósofos só interpretaram o mundo; a questão é mudá-lo.”
Agora, querido Marx, eu não sei como
interpretar-te. Eu não sou tu, e se formos estruturalistas como é que se mudam
as estruturas? Se formos mais fenomenológicos, fazemos o quê a partir da
consciência e dos seus objectos? E mudar o mundo pra pior, também vale? (olha,
no meu caso, as mudanças que fiz sempre me deram cá um prejuízo que nem te
conto). A donna haraway, por exemplo, gosta de cyborgs e da sua perversidade
polimorfa (a ultrapassagem dos dualismos!). E meter um chip de razoabilidade
nas pessoas não seria boa ideia? Ou acreditarmos, e esperarmos, que a educação
melhore (ainda que façamos alguma coisa por isso)? Ah Marx, não será a mudança
um outro deus, tão pequenino e franganote como o anterior? Diz-me já como é que
eu devo interpretar-te, ouviste?
2 comentários:
Não acho nada bonito dares ordens a Marx...
cuca: mas ele achou e já me respondeu (e ao chico xavier)
joana: eu gosto mais das orelhas.
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