“O que eu acho interessante nos gurpos punk é
que eles parecem ser absolutamente prisioneiros dos meios de expressão dominantes.[…]
É nítido o quanto eles estão poluídos por imagens de cinema e televisão, o
quanto incorporam uma certa representação do star system, do vedetismo, todo um
ideal de ego.” (Guattari e Rolnik, Micropolítica
– Cartografias do Desejo)
Isto não quer dizer que esforços individuais ou
coletivos não possam funcionar como “vetores de revolução molecular” na
subervsão da modelização da subjetividade capitalística, como o próprio Guattari
admite. Desconfiar das boas intenções mas não totalmente indica o difícil ponto
de equilíbrio instável entre consciência crítica (que muitas vezes redunda em
passividade) e vontade de ativação do que nos resta de autonomia criativa.
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