quinta-feira, 3 de novembro de 2011

FADO PORTUGAL


o meu país é um jardim feito de mortos,
diria a poetisa (poeta!) da claridade, se estivesse
por aqui e mal-disposta.
olho o meu país e sei que não tem solução (e se tem
eu, sabes piquena, PASSO MUITO TEMPO LÁ FORA!!!
a solução (a cena, a coisa) são pessoas vivas, mas como ressuscitá-las?
Dá muito trabalho (não sei como fazê-lo e, se soubesse,
sou tão preguiçoso). Como fazer um país de mortos?
Vendendo talhões de cemitério aos moribundos? Um país
onde as pessoas viriam morrer?  Morra em Portugal! É barato e não lhe vai fazer mal!
Acho que pode ser qualquer coisa assim (frase tão portuguesa,
não é? “Acho”, mas nunca assumo nada. “Que pode”, porque
tudo pode, cá o Mr. Eu engole tudo (nhanha boa!)! “Ser qualquer coisa assim”,
pois, é isso, agora é que tu disseste 
tudo.




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