segunda-feira, 3 de outubro de 2011

“Ervas flutuantes (Floating weeds)”, de YASUJIRO OZU


No filme de Yasujiro Ozu as pessoas quase não mudam. O líder da trupe de artistas itinerantes decide fazer uma temporada de actuações numa pequena cidade, com o objectivo secreto de passar uns dias com o seu filho. A relação de paternidade nunca foi revelada: o filho pensa que o mestre é seu tio.

O espectáculo tem pouco público e o grupo desfaz-se. Pelo meio há intrigas, ciúmes, a descoberta da verdade. O mestre acaba por abandonar a cidade, acompanhado por uma das actrizes.

Não morre ninguém. Como todos continuam vivos, continuam a ser e a fazer aquilo que sempre foram e fizeram: actores ou o que der, membros de uma família ou outra coisa, eventualmente (no caso do filho) com uma namorada nova.


Cada vez gosto mais de filmes em que nada muda. Em que nem mesmo a mudança muda. Queria ter um fígado super-resistente, eu. Um fígado que não se enfraquecesse com a minha vulnerabilidade, com o mistério da minha força.

(quantas estrelas se dá a um filme assim?)


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